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A visão se desenvolve durante a infância, alcançando a maturidade por volta dos cinco anos de idade. Por isso, é muito importante que eventuais problemas sejam tratados o quanto antes. A consulta oftalmológica periódica é uma medida preventiva importante, mas alguns sintomas podem indicar a presença de um problema oftalmológico:

  • olho torto (vesgo);
  • dor de cabeça ou mal-estar durante ou após realizar um esforço visual, como ler, desenhar ou escrever;
  • franzir a testa ao olhar para longe;
  • aproximar objetos, livros ou cadernos dos olhos;
  • desinteresse por atividades que exijam boa visão ou leitura.




  • O lacrimejamento excessivo, por exemplo, pode indicar desde uma obstrução do canal lacrimal até um glaucoma congênito. Ao perceber alguma anormalidade, a criança deve ser levada a um oftalmologista para uma avaliação.

    Outro problema importante que precisa ser corrigido ainda na infância é a ambliopia, ou “olho preguiçoso”. É uma situação na qual a visão não se desenvolve plenamente em um dos olhos, embora sua aparência seja normal. Com o passar do tempo, o cérebro ignora as imagens que vem desse olho “fraco”, de tal forma que ele perde a visão. O portador de ambliopia tem dificuldade para perceber distâncias e profundidade, além de correr riscos de cegueira total, caso venha algum dia a perder a visão de seu olho saudável. A ambliopia pode ser curada se o tratamento (que requer o uso de um tampão sobre o olho sadio, de modo que o olho “preguiçoso” seja estimulado) for realizado antes que a visão tenha atingido a maturidade. Por isso, mesmo que não apresente aparentemente nenhum problema de visão, a criança deve ser examinada por um oftalmologista em seus primeiros anos de vida.

    Com o início da vida escolar, também é possível perceber a presença de erros refrativos (miopia, astigmatismo e hipermetropia). Muitas vezes, o desinteresse pelas aulas e a dificuldade de aprendizado estão associadas à dificuldade de enxergar. É recomendável levar a criança para um novo exame oftalmológico no início da alfabetização.

    Teste do Olhinho

    O “Teste do Olhinho” ou “Teste do Reflexo Vermelho” é um exame simples, rápido e indolor que deve ser realizado em todos os bebês, logo após nascimento, preferencialmente nas primeiras 48 horas de vida, ainda na maternidade. O exame consiste na identificação de um reflexo vermelho, que aparece quando um feixe de luz ilumina o olho do bebê. O fenômeno é semelhante ao observado nas fotografias em que a pupila aparece vermelha. Entretanto, ao invés da máquina fotográfica, utiliza-se o oftalmoscópio direto. Este aparelho permite ao médico observar um reflexo avermelhado na pupila. Quando o médico conseguir identificar o reflexo vermelho em ambos os olhos, o resultado é “normal” e a criança não apresenta obstáculos ao desenvolvimento da visão. Se houver qualquer alteração, o bebê deve ser encaminhado ao oftalmologista com urgência. O reflexo pode estar diminuído ou ausente na presença de doenças como catarata e glaucoma congênito, opacidades de córnea e tumores intraoculares que podem ameaçar a vida do bebê. A identificação precoce das alterações possibilita o tratamento adequado e o desenvolvimento normal da visão. Desde junho de 2010, a liberação do “Teste do Olhinho” por todos os planos de saúde é obrigatória, segundo decisão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O objetivo da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) é que todas as crianças tenham esse direito garantido. Se o seu filho ainda não fez esse teste, fale com seu pediatra!

    Após este teste, a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica orienta que seja realizado um exame oftalmológico completo a cada 6 meses durante os 2 primeiros anos de vida. Nas crianças que apresentarem avaliações normais, um exame anual completo deverá ser realizado até os 10 anos de idade, quando termina o desenvolvimento completo da visão.